CURSO
Na senda de Mnemósine
A utopia da Babel; o Atlas mundo e as associações em cadeia de hipertexto.
Mnemósine – a deusa da memória e mãe das musas, aliada ao Atlas que suporta o mundo, transforma-se numa arte de reconstituição visual e apoio à oratória, segundo a lenda de Simónides, expectando-se como sintoma do desejo humano de tudo conhecer e de tudo controlar.
O seu uso passará pelas taxionomias visuais e esquemas científicos, indo da lógica imagética da linguagem à gnoseologia gramatical – rebus e mnemónicas, a arte total em teatros de conceitos e imagens.
Seguindo o uso de mnemónicas medievais, as buscas de analogias entre a humanidade e o universo, até ao megalómano projecto do Teatro de Memória de Giulio Camillo – microcosmos de representação de tudo o que existe ou possa ser pensado.
Mas também o ensejo de superar a Razão- no uso de drogas, ao mergulhar no inconsciente. Catalogações verbais e lapsos linguae, em processos falhados de brincadeiras e trocadilhos da patafísica e Dada ao surrealismo.
Na senda da Memória, como Babel de História e das formas artísticas – de Leonardo a Kubler e Ad Reinhardt ou Bilderatlas de Warburg, mas também esquecimento, na entropia de Robert Smithson ou nas aporias de memórias cruzadas, das pantominas de Rodney Graham.
